A síndrome do olho seco é uma condição que altera a produção ou a qualidade das lágrimas, prejudicando a lubrificação da área. As lágrimas ao contrário do que muitos pensam, não são compostas de diversos componentes que auxiliam na proteção da córnea.
A camada lipídica conta com uma barreira oleosa, a camada aquosa contém enzimas e anticorpos com atividade bactericida e a camada de mucina protege a córnea e facilita a distribuição uniforme das lágrimas pela superfície.
A combinação dessas camadas faz com que a lágrima trabalhe adequadamente para proteger os olhos e evitar o atrito entre a córnea e a pálpebra. Entretanto, algumas pessoas, podem produzir lágrimas com excesso ou carência de algumas substâncias e assim facilitar o surgimento do olho seco.
Com a ausência da qualidade ou da quantidade da produção de lágrimas, os pacientes podem notar sintomas como:
– Sensação de areia e ardor nos olhos;
– Coceira;
– Olhos vermelhos;
– Visão turva que pode melhorar após piscar;
– Desconforto ao ler, assistir televisão ou utilizar o computador por muito tempo.
A utilização de medicamentos; outras doenças como blefarite, lesões oculares, lúpus, a síndrome de Sjögren e fatores ambientais: excesso de exposição ao sol, ventos, ar condicionado e poluição, também podem favorecer o surgimento da síndrome do olho seco.
Com o surgimento dos sintomas o paciente deve procurar o oftalmologista que realizará exames oculares como o teste de Shirmer para avaliar o volume secretado de lágrimas e realizar testes com corantes a fim de verificar a qualidade delas.
Após diagnosticada, a síndrome do olho seco geralmente requer um tratamento feito com colírios de lágrima artificial. Entretanto, pode ser feito o fechamento de um ou mais dutos lacrimais ou o uso de lentes de contato específicas. Fatores que variam dependendo do paciente e do oftalmologista.
Importante ressaltar que existem colírios que são vendidos para aliviar os olhos, mas podem conter substâncias que se utilizadas de maneira inadequada podem agravar o quadro e até mesmo causar outras doenças oculares.
Por isso, em casos de desconforto consulte seu oftalmologista e sempre siga a prescrição dada por ele.