O descolamento de retina acontece quando parte dessa membrana (ou ela toda) se desprende.
A retina reveste a parte interna do globo ocular e consiste em uma membrana fina, flexível e delicada.
No globo ocular encontra-se o humor vítreo, uma substância gelatinosa situada entre a retina e o cristalino.
Graças ao vítreo que a retina mantém a posição ideal para estar em contato com vasos sanguíneos e nutrientes.
Com o avanço da idade, a consistência do vítreo se altera tornando-se mais líquida, o que pode facilitar o repuxamento da região da retina e o surgimento de aderências que favorecem o descolamento da membrana.
Esse é um dos fatores que faz com que os principais acometidos por essa urgência sejam adultos e idosos.
Aqueles que sofrem com alto grau de miopia, glaucoma, trauma nos olhos, na face ou cabeça, processos inflamatórios ou tumores também são mais afetados.
Apesar de não estar associado a dores, o descolamento de retina causa alguns sintomas que se notados devem ser imediatamente levados até o oftalmologista.
É importante salientar a importância em buscar por ajuda médica, uma vez que casos de descolamento podem causar perda irreversível da visão.
Os sintomas mais comuns são:
– Visão turva e embaçada;
– Sombra central ou periférica (dependendo da região afetada da retina);
– Flashes luminosos e
– Moscas volantes.
Notados os sintomas, o oftalmologista pode realizar exames como:
Estes exames são feitos com o intuito de observar as bolsas de líquido no tecido ou se há rasgos ou furos na estrutura.
Identificado o deslocamento, o médico pode optar por qual tratamento recomendar ao paciente, uma vez que cada um possui suas particularidades e necessidades.
Entretanto, alguns dos mais utilizados são:
– Criopexia: é a aplicação de uma sonda de congelamento na superfície externa do olho diretamente sobre o defeito da rotina, gerando uma cicatriz que protege a retina.
– Retinopexia pneumática: o cirurgião injeta uma bolha de ar ou gás no vítreo.
Através dele o buraco da retina é obstruído impedindo a passagem de líquido.
– Retinopexia com introflexão escleral: é colocada uma faixa ou banda de silicone ao redor dos olhos fazendo com que a esclera seja pressionada contra a retina.
Geralmente é feita com a criopexia ou vitrectomia.
– Vitrectomia: remoção do vítreo e de tecidos que puxem a retina.
No lugar são injetados ar, gases ou líquidos para que a retina volte para o lugar.
– Cirurgia a laser: é um feixe de laser direcionado para a ruptura da retina.
Ele queima a região ao redor do rasgo criando cicatrizes que funcionam como uma solda.
Os procedimentos nem sempre funcionam e a qualidade da visão após a cirurgia vai depender do quanto a visão foi afetada pelo descolamento, dos cuidados pós-operatórios e das individualidades de cada paciente.
Infelizmente o descolamento de retina não pode ser prevenido.
Por isso, fique atento a lesões oculares, esteja em dia com os exames de rotina e consulte sempre um médico ao sinal de qualquer desconforto.